Júri dos réus pela morte do menino Bernardo será realizado no dia 11 de março em Três Passos

O júri dos quatro acusados do assassinato do menino Bernardo Boldrini será realizado no dia 11 de março de 2019, a partir das 9h30, no Fórum de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. A data foi definida nesta terça-feira (11) pela juíza Sucilene Engler Werle, titular da 1ª Vara Judicial da cidade gaúcha.

Bernardo foi encontrado morto em abril de 2014 em Frederico Westphalen, e a investigação da Polícia Civil apontou superdosagem de um sedativo. Ele tinha 11 anos na época do crime.Respondem por homicídio quadruplamente qualificado o pai da vítima, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini. Leandro ainda é réu por ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

Amiga de Graciele, Edelvânia Wirganovicz é acusada de homicídio triplamente qualificado. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, responde por homicídio duplamente qualificado.

A previsão é que o julgamento dure cerca de sete dias. A longo deste período, serão ouvidas 28 testemunhas, além dos quatro réus.

Sucilene também manteve acesso da imprensa ao julgamento e aceitou um pedido da defesa de Leandro, de incomunicabilidade das testemunhas – elas terão de ficar à disposição da Justiça por tempo integral, até a conclusão de todos os depoimentos.

 

O caso

 

A morte de Bernardo Boldrini comoveu o país há quatro anos. Segundo a investigação, o menino foi morto com uma superdosagem da medicação midazolam, aplicada pela madrasta Graciele Ugulini. Evandro Wirganovicz e Edelvânia Wirganovicz, irmã de Evandro, ajudaram a enterrar o corpo da criança em Frederico Westphalen, a 80 km de Três Passos, onde a família vivia.

Leandro Boldrini, pai da criança, chegou a notificar a polícia falsamente sobre o desaparecimento do filho. O corpo foi encontrado 10 dias depois da morte, envolto em um saco plástico, onde havia sido enterrado.

O processo é extenso – são 39 volumes e 8.190 páginas. Mais de 50 testemunhas foram ouvidas no período.

Os jurados decidirão se os réus são culpados ou inocentes dos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (Boldrini e Graciele), triplamente qualificado (Edelvânia) e duplamente qualificado (Evandro), além de ocultação de cadáver. Boldrini também responde por falsidade ideológica.

G1 RS 

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